sábado, 4 de julho de 2015

Lucy (not that one in the skies with diamonds)

E Moara está de volta após tanto tempo. Estou de férias, o que significa que eu escreverei com mais frequência. Eu já estava com saudades... E desta vez vou falar sobre o filme de ficção científica "Lucy". Dirigido por Luc Benson e estrelado por Scarlett Johansson e Morgan Freeman.


Sinopse:
Em "Lucy" a atriz Scarlett Johansson vive uma jovem que acidentalmente se envolve em uma negociação de drogas no mercado negro. Depois de absorver a substância que carrega em seu estômago, Lucy se transforma em uma guerreira implacável capaz de evoluir além da lógica humana. Morgan Freeman, por sua vez, atua como um cientista que estuda os limites do cérebro humano e auxiliará Lucy a controlar suas novas habilidades. 

Para assistir ao trailer clique aqui

Como dito na sinopse, Lucy absorve drogas estocadas e seu estômago, e sua capacidade cerebral começa a subir. Assim a moça se vê lutando para tornar útil todo o conhecimento que adquiriu enquanto tentava livrar-se do fogo cruzado entre polícia e tráfico. 

O filme gira em torno da afirmação errônea de que seres humanos comuns usam apenas 10% de seus cérebros. Essa teoria não passa de lenda urbana, pois já foi comprovado que todo o nosso cérebro trabalha o tempo todo. E mesmo sendo uma temática sem fundamento, em minha humilde opinião nada impede que seja usada, principalmente se para dar espaço a algo maior. Realmente é uma ideia que nos faz pensar, caso fosse real, até onde chegaríamos com os outros 90% desbloqueados.

Em minha postagem sobre o filme "Interestelar" (link) eu escrevi uma boa quantidade de spoilers, e dessa vez resolvi exterminá-los, porém não completamente. Eles não dizem exatamente o que acontecem no filme, mas adiantam os conceitos, vamos lá.

Teorias:
  • Existem crenças (que ao meu ver parecem verdadeiras) de que o filme é baseado na filosofia do Luciferianismo. O que seria o Luciferianismo? Seria a ideia de que os seres humanos são capazes de se tornarem divinos através de seus próprios meios. De fato se parece muito com o filme, pois de forma quase explícita podemos ver a ascensão de um simples ser humano ao ponto de se tornar um ser divino, imortal e onisciente (Lucy pode controlar memórias, mudar de forma, viajar no tempo, entre outras coisas). E tudo isso por meios humanos (a droga absorvida por ela seria a versão sintética do CPH4, que é naturalmente produzido por grávidas na sexta semana de gravidez para o desenvolvimento do bebê). Além disso em várias cenas podemos ver citações ao comportamento humano quase selvagem e apologias às intervenções divinas.

  • Além do Luciferianismo, acredita-se que exista uma ponta do Transhumanismo nessa ficção. Esse tal de Transhumanismo seria o auxílio da tecnologia e da ciência no desenvolvimento humano, até que cheguemos ao ponto de total fusão entre seres humanos e robôs. Se mostra uma teoria condizente ao filme já que ela tem o poder de controlar tecnologia e (SPOILER) no fim do filme a Lucy se torna um computador pouco antes de desaparecer e armazena todo o seu conhecimento num pen-drive.
  • Por fim, existe a teoria de que os filmes "Lucy" e "Ela" estariam interligados, já que em ambos a atriz Scarlett é associada a tecnologia. Em "Lucy" a personagem controla objetos tecnológicos de acordo com sua vontade e em "Ela" a atriz é a inteligência artificial em si, mas apenas uma voz.

O que Moara achou do filme?
Atônita é a palavra certa para descrever minha situação no final do filme. Passei alguns minutos em frente ao computador, tentando assimilar o final. Seu desfecho não é exatamente um mistério, o que realmente importa é como a história se desenrola e toma forma. O jeito como o diretor retratou o desenvolvimento da personagem, sua mudança de atitude e comportamento é no mínimo curiosa. Se essa ideia de capacidade cerebral fosse real, e atingíssemos 100%, eu gosto de acreditar que nos tornaríamos mutantes como em X-men, mas em "Lucy" essa ideia vai muito além.

Sem comentários para a atuação de Scarlett Johansson, que brilhantemente conduziu sua personagem num dos tipos mais difíceis de atuação no meu ponto de vista: em mais da metade do filme Lucy não possuía qualquer expressão facial. Morgan Freeman arrasando como sempre.

Descobri recentemente que o diretor estará em breve filmando uma continuação. Particularmente não acredito que deveria ser feita. O primeiro filme acabou de forma digna, arrepiante e brilhante. Talvez uma continuação se mostre desnecessária, tomara que façam um trabalho decente. Esperemos e veremos.

Não viu o filme e está interessado(a): link para assistir online legendado e dublado

E por hoje é só, beijos de luz.

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