sábado, 2 de abril de 2016

The 1975 - I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it

Olá, pessoas! Faz 3 meses que eu não posto nada aqui (sorryyy), correria etc blablabla, MAS achei que nada mais digno do que voltar falando do segundo álbum da banda The 1975: I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it (e sim, esse é o título mesmo).

Eu já falei da banda aqui, lá na época do primeiro álbum (2013 saudades), mas para quem tá com preguiça de abrir o link: The 1975 é uma banda de Manchester, Inglaterra, e tem na formação Matty Healy (vocalista/guitarrista), George Daniel (baterista/mozão), Ross MacDonald (baixista) e Adam Hann (guitarrista), além do saxofonista John Waugh (que não é considerado membro "oficial", mas ele é sim aqui no meu coração).
Da direita pra esquerda: Ross, George, Matty e Adam (e aqui uma foto antiga deles com o John)
A história de "I like it when you sleep..." (nome abreviado por motivos óbvios) começou no dia 1º de junho de 2015, quando todas as redes sociais da banda foram excluídas, aumentando os rumores de que o quarteto havia se desfeito. No dia seguinte, Matty postou uma imagem meio ~misteriosa~ contendo um quadrinho com a mensagem de que a banda que todos conheciam entrou em hiato. Porém, nesse mesmo dia, todas as redes sociais da banda voltaram e o segundo álbum foi anunciado (e a interpretação do quadrinho seria de que a banda iria se reinventar e fugir do "estilo" anterior).

E a banda realmente se reinventou. No dia 8 de outubro do ano passado, foi lançado Love Me, o primeiro single do álbum, que chamou atenção por ter uma vibe meio anos 80 e ser mais dançante que as músicas anteriores da banda, além de conter letra e clipe "provocantes". Enquanto alguns fãs "rejeitaram" a música, justamente por essa ser diferente, os críticos passaram a prestar mais atenção na banda até então considerada "coisa boba de adolescente". Uma banda "indie" como era o The 1975 no primeiro álbum, mudar tão drasticamente seu tipo de música era algo muito difícil de se imaginar.
São 17 faixas completamente diferentes umas das outras, onde se tem literalmente de tudo: coral de igreja, jazz, pop, funk, guitarras distorcidas e sintetizadores. Os temas das músicas também são os mais diversos, como: críticas à mídia atual, os vícios de Matty, as constantes dúvidas em relação ao que o vocalista acredita e os efeitos colaterais da fama repentina. Isso poderia sugerir uma bagunça, porém aqui se torna algo imenso. Essa ideia de mudança constante, reinvenção, era exatamente o que a banda queria. Ficar preso em um só estilo ou tema é algo que eles abominam. 

Uma das coisas que fizeram com que o álbum não se tornasse uma bagunça gigante é o fato de que mesmo sendo tão diferentes, as músicas se "completam" de alguma forma, como se tudo fosse um quebra-cabeça. Diversas vezes aparecem referências de uma música do álbum em outra (e até mesmo referências do primeiro álbum). As faixas instrumentais também compõem o encaixe do álbum, pois servem como "portais" de uma canção/estilo para o outro.
Outro ponto positivo (esse no caso, é bem pessoal) foi a ousadia que a banda teve de mudar, mesmo sabendo que diversos fãs não iriam aprovar essa transformação repentina. The 1975 ainda tem os pés no indie rock do primeiro álbum, porém eles também tiveram a coragem de pisar em áreas diferentes, passeando pelos mais diversos gêneros musicais e utilizando diversos elementos. Isso mostra que a banda está confortável e confia naquilo que está fazendo porque é o que eles querem fazer (mesmo que muitos reprovem a escolha). E >eu< gosto muito quando uma banda muda assim, porque mostra que o conjunto tem controle sobre sua arte e não segue o "mesmo de sempre" por demanda do público.

Enfim, "I like it when you sleep..." é uma completa viagem por diversos estilos e uma verdadeira imersão na cabeça dos integrantes. Por um momento, você pode achar que o álbum é uma coisa meio bizarra (começando pelo título enorme). Porém, se o avaliarmos como um todo, ele nos mostra aos poucos uma obra complexa, inteligente, ousada e diferente.
ousadinha e alegrinha
The 1975 acaba de mostrar que é uma banda mutável (e também mostrou como essa característica pode ser boa), e citando meu post de 2013: preste atenção, pois eles ainda tem muita coisa pela frente.

O clipe que eu vou deixar aqui é o de The Sound, onde a banda manda aquele recado para as pessoas que a criticaram no passado. Vocês também conferir os clipes de Love Me e UGH!, que são igualmente sensacionais :)

E é isso! Comentem, compartilhem e curtam nossa página (isso faz toda a diferença para quem escreve :).
Beijos e até mais <3

Ps: o título absurda-e-ridiculamente-enorme surgiu de uma frase dita por Matty à sua, então, namorada (olha só, não é mais tão estranho né hahah).

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